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MANIFESTO PELA SOCIEDADE PLANETÁRIA 

 Para países como o Brasil, que se especializaram em produzir e reproduzir em níveis cada vez mais sofisticados a exclusão política, social e econômica ao longo do tempo, a simples identificação e quantificação da pobreza e alienação das pessoas, não parecem mais ser suficiente para garantir seu enfrentamento:


  Persegue-se o fim do complexo conceito de exclusão social como um fim em si mesmo, encerrando uma simples dualidade entre incluir e excluir. Mas um olhar mais atento permite constatar distintas e simultâneas manifestações da pobreza, do analfabetismo formal, mediático e informacional, da escolaridade deficitária, da desigualdade de renda e do desemprego aberto, e isto em tempos da revolução na economia em direção a novas moedas e relacionamento de trabalho informal colaborativo. 


  Estudos e pesquisas apontam cada vez mais para a urgente necessidade de enfrentamentos deste fenômeno. Os estudos clássicos de formação da cultura brasileira, de formação de uma nação e de um povo, de Gilberto Freyre a Sérgio Buarque de Holanda, de Caio Prado Jr. a Darcy Ribeiro, e mais recentemente o grande trabalho do estudioso brasileiro Jessé de Souza, possuem como constante um diagnóstico de não ajustamento da cultura tradicional patriarcal brasileira permeada de traços culturais distintos, europeus, africanos e indígenas à cultura liberal industrial do século XX. e agora do XXI com o tempo acelerado. 


  Tal problema foi resultante de - entre outras coisas -, uma não aceitação do novo espaço em que viviam e desenvolviam a sua cultura, fossem a elite ou o povo, locais ou estrangeiros, resultando na formação deste Brasil. A elite europeia possuía como referência natal a Europa, bem como os africanos escravos, a África. 


  Já as populações indígenas nesta nova organização, consideradas selvagens, eram estrangeiras em sua própria terra e tratadas com inteiro desprezo e desrespeito, chegando a requintes de crueldade.


  A exclusão política, social e econômica tem sido concebida histórica e fundamentalmente como consequência do fracasso na trajetória individual dos próprios excluídos, incapazes de elevar índices acima descritos e vincula pauperização, e afastamento de sua cultura original à violência e criminalidade, gerando dificuldades sólidas para as pessoas quanto à elevação da escolaridade, obtenção de melhores posições profissionais e aumento de renda, agora acrescidas da crescente diminuição atividades produtivas formalizadas por carteira de trabalho, criando um suposto oásis de prosperidade para o empreendedorismo baseado no egocentrismo, e com isto destruindo as iniciativas e conquistas coletivas.


   Para além da pobreza, há no Brasil uma série de graves problemas que permeiam a sociedade como um todo, encontrando eco não somente nos mais pobres, mas também nos mais ricos. 


  Assistimos a um crescente índice de miserabilidade, desordenamento nas cidades, caos na mobilidade urbana, instabilidade socioeconômica, destruindo o tecido social, gerando mais pobreza, não apropriação e não valorização das tradições raciais, étnicas e religiosas, principalmente a desvalorização da arte e cultura como meio de socialização e construção de valores. 


   O que podemos concluir disso é que há na cultura brasileira um sentimento estranho em relação ao lugar onde se vive segundo uma sensação de posse, porém não de apropriação, mas de exploração; não de responsabilidade, porém de estrangeirismo, apontando para um não nacionalismo e negação aos valores locais, além da destruição da natureza.


   Portanto, a falta deste sentimento de pertencimento, em larga escala, desde o próprio país e o meio ambiente, até a casa onde reside; do mais próximo ao mais distante, dado este, originário da cultura da nação, é provavelmente mais um forte responsável por esse grave problema de desintegração de nossa sociedade e deterioração da qualidade de vida.


  A Cognus Net não nasceu da necessidade de um simples crescimento da economia pessoal e local - que é inerente aos projetos concretos que ela propõe ou apoia -, ela objetiva contribuir para o desenvolvimento político, econômico e social integral e sustentável, viabilizando o acesso à moradia a populações de baixa renda, a criação de postos locais de atividade e renda qualificados, além do aquecimento da economia local através do investimento na produção, do desenvolvimento da economia colaborativa e na melhoria dos serviços públicos, mas almeja mais que isto, almeja combater a desesperança através do empoderamento familiar e comunitário, além de incentivar o cidadão a participar na construção da sociedade planetária que urge e está a caminho para preservar nossa Terra. 


  Pensada como um organismo social aprendiz, em que partes se relacionam de forma harmônica, num sentido de constante troca de conhecimento, a Rede funcionará oscilando entre dois polos, como um sistema permanentemente atento nestes dois sentidos: o universal planetário e o local. 

  Pressupõe a comunicação plena entre as partes envolvidas, da aliança aos moradores/cidadãos, e m constante troca de informações, de experiências e aprendizados – buscando a verdadeira sabedoria de discernir caminhos. 


  Sendo assim, o sucesso depende de todos e de cada um. O próprio formato de funcionamento da Rede implica na responsabilidade das partes para o pleno desenvolvimento do todo. Mais do que isso. Através da apropriação - pela comunidade -, de um extenso plano educacional e de governança, que contaria com educação para todas as idades e segmentos da sociedade, sempre pensada de forma a se adequar às necessidades, às vocações e potencialidades locais, além de um acompanhamento constante, à distância, por meio das novas tecnologias, o projeto prioriza a educação para promover a apropriação do espaço coletivo, por considerar ser o melhor e mais consistente modo das pessoas interagirem com responsabilidade pelo lugar em que vivem e, a partir daí, se responsabilizarem pela sociedade como um todo, até que se considerem donas do lugar, como também se considerando pertencentes a esse, numa noção identitária, onde cada um seja parte imprescindível para a composição do todo, de forma participativa, cooperativa, coletiva e responsável. 


Leia a nota do editor
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